Palestra Mulheres na Política em Garibaldi 14/03/2020

Advogada Bruna Marin Rossatto apresenta os desdobramentos da lei que destina 30% das vagas para mulheres na política e a importância do protagonismo feminino
Aconteceu na última sexta-feira, 13, na Faculdade Fisul, em Garibaldi, a palestra Mulheres na Política - Muito mais que cotas. A advogada e coach Bruna Marin Rossatto abordou questões envolvendo as eleições de outubro, levantando o debate sobre a cota de 30% destinada para mulheres, que deveria ser cumprida pelos partidos por determinação do Tribunal Superior Eleitoral. O ingresso custa R$ 10 foi revertido para a Liga de Combate ao Câncer.
Advogada com mais de dez anos de atuação, Bruna buscou esclarecer as dúvidas sobre as mudanças determinadas pela Emenda Constitucional (EC) nº 97/2017, que vetou a celebração de coligações nas eleições proporcionais para a Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa, assembleias legislativas e câmaras municipais. Um dos principais reflexos da mudança se dará no ato do pedido de registro de candidaturas à Justiça Eleitoral, especialmente porque, com o fim das coligações, cada partido deverá, individualmente, indicar o mínimo de 30% de mulheres filiadas para concorrer no pleito.
A palestra também se propôs a debater a importância da representatividade feminina na política. “Até quando precisaremos de cotas para uma atuação que deveria ser igualitária? O empoderamento feminino é essencial para a promoção da equidade de gênero, preparando a sociedade para um futuro com menos disparidades gritantes”, destacou.
Para a advogada o assunto precisa ser debatido levando em consideração a falta de consonância entre as estatísticas e o reconhecimento da sociedade. As mulheres estão estudando mais que os homens, mas continuam ganhando, em média, 76,5%, do rendimento que eles. É o que mostra o estudo Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, as mulheres trabalham cerca de três horas a mais que os homens por semana, levando em conta o trabalho remunerado e atividades domésticas.